A Artrogripose não é um diagnóstico único e sim uma síndrome é caracterizada por graves deformidades e contraturas articulares, associadas à atrofia muscular. A forma mais comum de artrogripose é a amioplasia. Mesmo com deformidades grosseiras, o paciente com artrogripose se caracteriza por uma excelente adaptação as dificuldades e por apresentar uma inteligência acima da média.

Quando atinge o punho, a artrogripose causa uma grave deformidade em flexão e desvio ulnar, e devido freqüente a associação de alterações nos dos membros inferiores, não é incomum eles necessitarem dos membros superiores para auxiliar na locomoção. O problema é que com a deformidade em flexão do punho, eles utilizam o dorso da mão no solo, aumentando a deformidade, e causando uma calosidade nesse local.

Várias técnicas forma descritas para a correção da deformidade do punho dos pacientes com artrogripose. Entre elas existem o tratamento conservador com fisioterapia e órteses (FOTO – Essa confeccionada pela Dra. Caren Cervelin – fisioterapeuta do Instituto da Mão – Porto Alegre), geralmente indicado nas fases iniciais e deformidades moderadas.

Para as lesões graves a correção cirúrgica é preconizada. Entre as técnicas cirurgias podemos encontrar a artrodese, a carpectomia proximal e as osteotomias distais do rádio. Diferente de outras patologias congênitas, os pacientes com artrogripose respondem muito mal a reconstrução de partes moles, como transferências tendinosas e artrolises. A atrofia muscular faz com que as transferências, em sua maioria, não tenham uma boa evolução.

Na tentativa de manter mobilidade residual, sem alterar o potencial de crescimento ósseo, em 2000 foi descrita o tratamento com uma osteotomia intracárpica em cunha de ressecção dorsal e radial, com a correção de dois planos (flexão e desvio ulnar). Tal procedimento acarreta a sinostose óssea entre a primeira e a segunda fileira do carpo, alteração essa já esperada em pacientes com tal patologia, quando na vida adulta.